sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sindrome da Barbie

Estava lendo o livro do autor Augusto Cury "O Vendedor de Sonhos" - O chamado, que fala em como as pessoas 'comuns' se tornam especiais em busca do amor á vida. E dentre esse romance um capitulo me chamou mais atenção, e fez abrir um pouco minha mente sobre diversos assuntos, especialmente um que fala sobre a ditadura da moda, em como as mulheres ao decorrer dos anos foram se tornando escravas de si mesmas. Copiei alguns trechos aqui, espero que gostem e leem o livro!


Quando as mulheres se sentiam no trono do sistema masculino, o mundo da moda as aprisionou no mais grave e sutil estereótipo. O esteriotipo do louco, do drogado, do politico corrupto, do socialista, do burgues, do judeu, do terrorista, do homossexual. Usamos os estereotipos como um padrão torpe para tachar as pessoas com determinados comportamentos. Não avaliamos o conteudo psíquico delas: se possuem determinados gestos, imediatamente as aprisionamos na masmorra do esteriotipo, classificando-as como viciadas em drogas, corruptas, doentes mentais. Os esteriotipos reduzem a dimensão humana. Mas o que o mundo belíssimo da moda tem a ver com os esteriotipos? As mulheres eram livres para vestir o que quisessem, comprar as roupas que bem entendessem e ter o corpo que desejassem. Para maximizar as vendas e gerar uma atração fatal entre as mulheres, o mundo fashion começou a usar o corpo de jovens completamente fora do padrão comum como protótipo de beleza. Uma entre dez mil jovens de corpo magérrimo, quadris, nariz, busto e pescoço estritamente bem torneados tornou-se ao longo dos anos o esteriotipo do belo.A excessão genética virou regra, as crianças transportaram as bonecas barbies com seu corpo impecavel para o teatro da vida, e as adolescentes transformaram as modelos em um padrão de beleza inalcançavel. Esse processo gerou, em centenas de milhoes de mulheres, uma busca compulsiva do esteriotipo, como se fosse uma droga. Elas, que sempre foram mais generosas e solidarias que os homens, se tornaram, sem perceber, carrascas de si mesmas. Até as chinesas e japonesas estão mutilando sua anatomia para se aproximar das modelos ocidentais.Sabiam disso?
No passado, os esteriotipos não tinham graves consequencias coletivas, porque ainda não éramos uma aldeia global. Qndo as mulheres pensavam que estavam voando livremente, o sistema tosou-lhe as asas com a 'sindrome da Barbie'.
Se essas pessoas vivessem em tribos onde o esteriotipo não tivesse um peso intenso, não adoeceriam, mas vivem na sociedade moderna, que não apenas difunde a magreza insana, mas supervaloriza determinado tipo de olhos, pescoço, busto, quadris, o tamando do nariz, enfim...um mundo que exclui e discrimina quem esta fora do modelo. E o pior é que tudo isso é feito sutilmente. O sistema social é astuto, grita quando precisa se calar e se cala quando precisa gritar. Nada contra as modelos e os inteligentes e criativos estilistas, mas o sistema se esqueceu de gritar que a beleza não pode ser padronizada. Onde estão as gordinhas nos desfiles? Onde estão as jovens com quadis menos bem-torneados? Onde estão as mulheres de nariz saliente? Por que neste templo se escondem as jovens com culotes ou estrias? Não são elas seres humanos? Não são elas belas? Porque o mundo fashion, que surgiu para promover o bem-estar, esta destruindo a autoestima das mulheres? Essa discriminação socialmente aceita não é um estupro da auto-estima? Não é tão violenta quanto a discriminação contra os negros?

Nem preciso escrever mais nada né? Apenas reflitam!

Um comentário:

Amaanda :* disse...

q medoo do real e do ireaal *---*